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miércoles, 30 de noviembre de 2011

BRASIL: OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILêNIO. RELATÓRIO NACIONAL DE ACOMPANHAMENTO. BRASILIA Março 2010

 

Areversão provocada pela crise econômica internacional nos números da fome no mundo ilustra
sufi cientemente a gravidade do momento em que vivemos. A especulação fi nanceira desenfreada contaminou inclusive os preços dos alimentos, acrescentando mais de 100 milhões de homens, mulheres e
crianças ao contingente de famintos no planeta, que agora, segundo cálculos da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, ultrapassa um bilhão de pessoas.
A tragédia humanitária acrescenta graves responsabilidades à comunidade internacional. Sobretudo, cabe
às nações ricas cumprir suas promessas de ajuda ao desenvolvimento agrícola dos países pobres, sem
o que será impossível cumprir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, abraçados por 198 nações
 há 10 anos.
Há, contudo, um sopro de esperança cuja importância não pode ser minimizada. Como na crise de 1929, o estouro da bolha fi nanceira dos países ricos irradiou efeitos devastadores sobre a economia
mundial. Desta vez, no entanto, afetou muito menos aquelas nações que previamente haviam adotado políticas públicas de combate à pobreza e de conquista dos Objetivos do Milênio. No cenário hesitante de um mundo que ainda tropeça nas armadilhas da recessão, essa é mais que uma notícia a se comemorar:
é um recomeço para renovar a agenda do desenvolvimento no Século XXI.
Não se trata de uma promessa de futuro, mas de um caminho em construção. Nele já
transitam vários países em desenvolvimento, formando uma nova força no cenário
mundial. Na América Latina, por exemplo, existe hoje um conjunto de governos determinados a integrar
 cada vez mais as agendas do crescimento e da justiça social, com o
objetivo de propiciar a seus povos um ciclo de desenvolvimento sem os sobressaltos e desequilíbrios do passado.
O Brasil se destaca nessa nova convergência estratégica. Nossa economia foi uma das últimas atingidas pela crise e uma das primeiras a sair dela.  A grande diferença entre a rapidez dessa retomada e a difícil
transição observada em  cenários anteriores, de contração externa até mais branda,
está no papel estrutural assumido pelas políticas sociais  na matriz do nosso desenvolvimento.
Quando estourou a bolha especulativa, a sociedade brasileira já havia cumprido e superado com antecedência a meta de redução da pobreza constante do primeiro Objetivo do Milênio. A meta inicial era de, até 2015, reduzir a pobreza à metade do nível de 1990. Em 2005, a meta foi voluntariamente ampliada:
 a redução deveria atingir um quarto do nível de 1990. E esse resultado foi alcançado em 2007 e superado em 2008.
Sempre soubemos que a fome e suas raízes estruturais teriam que ser combatidas ao mesmo tempo e com igual intensidade.  A mobilização da sociedade civil em torno do Programa Fome Zero, em nosso
primeiro Governo, conferiu a legitimidade necessária para recolocar a segurança alimentar no topo da agenda do Estado brasileiro. Vencida essa barreira, pudemos unifi car e ampliar a abrangência das políticas sociais, dando velocidade e enquadramento estratégico à sua implantação. Hoje, o Bolsa-Família chega a 12,4 milhões de lares humildes.
Num tempo em que o absolutismo dos mercados havia ocupado praticamente  todas as prerrogativas do destino humano, o Brasil decidiu que não bastava trocar a perversidade da exclusão pelo círculo vicioso
da dependência assistencial. Era necessário regenerar a alavanca do desenvolvimento e
fazer da justiça social o principal motor do crescimento sustentável.
Hoje, podemos dizer com orgulho que o aparelho público nacional deixou de ser
uma correia de transmissão da desigualdade para se tornar um instrumento afi rmativo de direitos, um retifi cador de injustiças que nenhum automatismo de mercado corrigiria por nós.E, mais que isso, a rápida superação da crise demonstrou defi nitivamente que o caminho estava certo: a economia brasileira mostrou-se mais sólida porque o país se tornou mais justo e participativo, com expressiva mobilização social.
A profundidade das transformações implementadas nos últimos anos começou
a redesenhar a estrutura da produção e da sociedade. Um gigantesco mercado de massa, secularmente negligenciado, revelou-se o contrapeso decisivo no vazio aberto pela contração econômica mundial.
A classe C responde hoje por mais da metade da população e as classes mais baixas reduziram seus contingentes.
As dinâmicas embutidas nesse novo cenário não podem mais ser ignoradas por ninguém. Nem pelos partidos, nem pelas políticas econômicas e menos ainda pelo investimento empresarial. Essa talvez seja
a grande contribuição brasileira à consecução das Metas do Milênio. Nossa trajetória vem reafi rmar que uma verdadeira política social não é compensação para os equívocos do desenvolvimento. Trata-se,
na verdade, de um valioso instrumento indutor, capaz de orientar o curso da economia, democratizar os frutos dos mercados e canalizar as energias da produção para o bem comum, não mais para a especulação.
Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente da Repúblic

para ver el informe completo ir al siguiente sitio

http://agencia.ipea.gov.br/images/stories/PDFs/100408_relatorioodm.pdf

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